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Exploring Safe Donor Follicle Harvesting in Follicular Unit Excision: A Comprehensive Review

Publicado em

01/04/2024

Exploring Safe Donor Follicle Harvesting in Follicular Unit Excision: A Comprehensive Review.

Análise da Dra. Suellen Ramos

Artigo original por: Anil K. Garg A.K., MBBS, MS, MCh, FISHRS I Bhandari Marg, Indore, India. Seema Garg, MBBS, MSc, FISHRS I Bhandari Marg, Indore, India

O artigo (leia a versão original aqui) propõe a realizar uma revisão de literatura sobre a área doadora segura do transplante capilar, trazendo definições e conceitos relevantes. Já inicia ressaltando que a cirurgia de restauração capilar pela técnica de extração da unidade folicular (FUE), é um procedimento muito seguro quando realizado por profissionais experientes e com habilidade para tal. Caso contrário, drásticas sequelas podem ser observadas na área doadora e receptora. 

Sobre as consequências negativas na área doadora, o artigo destaca a extração excessiva de unidades foliculares, ou seja, além da capacidade segura de doação daquela área. Tal ato levaria a marcadas rarefações e cicatrizes evidentes. Mencionam sobre o “efeito de transparência”, que seria a visualização do fundo do couro cabeludo na área doadora residual. 

Para entendermos o conceito de extração segura, o artigo propõe que compreendamos os seus 3 componentes principais: definição da área doadora segura, determinação da densidade segura de extração e colheita saudável das unidades foliculares.   

A área doadora segura é aquela cujo folículos não sofrerão com o processo de miniaturização, ou seja, não são andrógenos dependentes. A extração de folículos fora desta área comprometeria o resultado do transplante capilar, pois com o tempo esses folículos poderiam sofrer os efeitos na alopecia androgenética, levando a redução no volume final da área receptora. 

A determinação da densidade segura de extração consiste em saber quantas unidades foliculares podem ser extraídas em determinada área sem gerar consequências inestéticas para a região doadora. Assim, a densidade residual, ou seja, folículos que permanecem na região doadora após a extração, continuaria promovendo uma cobertura satisfatória para o paciente. Estima-se que a extração média de 20 a 25% do total de folículos/cm2 seria uma taxa segura para cumprir esse objetivo.

A colheita saudável das unidades foliculares diz respeito a evitar transecções parciais e totais, extraindo os enxertos de forma íntegra, a fim de manter sua viabilidade. Destaca-se a importância da habilidade cirúrgica do médico especialista para alcançar essa meta. O artigo alerta ainda sobre a importância da escolha do diâmetro adequado do punch para a extração das unidades foliculares. Apesar de punches menores e delicados serem a escolha ideal para gerar cicatrizes mais sutis, por outro lado podem aumentar a taxa de transecção, principalmente quando se trata de cirurgiões pouco experientes.

Por fim, outro ponto relevante que o artigo destaca é a importância de um bom alinhamento pré-operatório sobre as expectativas do paciente com a realidade de cada área doadora. É fundamental evitar a venda exagerada e a promessa de resultados super promissores, a fim de não super explorar a área doadora e extrair folículos além da sua capacidade de doação saudável. Neste momento que antecede o procedimento cirúrgico é importante avaliar a possibilidade de progressão da alopecia androgenética do paciente, a real capacidade da área doadora, alinhando também com a própria a habilidade cirúrgica do profissional. Deste modo a exploração consciente da área doadora estaria preservada. 


Dra. Suellen Ramos

  • CRM 212624
  • RQE 85062
  • Médica Dermatologista pelo Hospital Federal de Bonsucesso/RJ
  • Fellow em tricologia pela FMUSP
  • Fellow em transplante capilar pelo HSPM
  • Membro da SBD e ABCRC
  • Médica do Grupo Wells

Fonte:

ABCRC

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